A Deusa e o Animal
Era quase duas da manhã quando o vulto vermelho atravessou na frente do carro, uma tempestade caía sobre a cidade maravilhosa. Mário piscou o farol. — Puta que pariu! — xingou, buzinando. O vulto deu a volta e se aproximou do vidro do motorista, instintivamente, ele pegou a pistola sobre o banco do carona e a segurou apoiada sobre as pernas. — Por favor, me ajuda! — o vulto vermelho era uma das mulheres mais lindas que já vira, com uma boquinha pequena e bem desenhada. Ele fez sinal para que ela desse a volta e entrasse no carro. — Obrigada, eu não sei como agr... — Abre a bolsa! — ordenou, lhe apontando a pistola 9mm. — Pelo amor de Deus, moço, eu acabei de fugir de um ass... — Abre a bolsa ou sai! A bela morena obedeceu, não havia nada demais, só uma minúscula calcinha de renda preta que lhe chamou a atenção. — Desculpe o mau jeito, mas não dá para confiar assim, de cara — Mário partiu com o carro. — Agora me conta, você disse que tava fugindo de alguma coisa. Ela balançou a cabeça e