A japa me deu, pensando que estava com o marido.
Minha terra tem palmeiras, onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá¨. Quantas vezes, li este verso, aos quinze anos. Era em aulas de Português, nos estudos de literatura, que um mestre inesquecível transformava em momentos aprazíveis. Achava bonito. Entendia o significado literal dos versos de Antonio Gonçalves Dias. Mas só vim sentir sua essência, após estar vivendo quinze anos em um outro país. Mais precisamente no Japão, de cultura e costumes tão diferentes do Brasil. Vendo o canto dos corvos negros com seu lugubre grasnar repetitivo, tão diferente dos nossos álacres sabiás. Só estando longe para sentir o que é saudade da terra onde se nasceu. Onde só por ser brasileiro, qualquer desconhecido vira parente. Onde nos orgulhamos das cores auri-verdes. Até o hino nacional toca fundo em nosso coração. Por falar em Hino Nacional, poucos sabem que Joaquim Osório Duque Estrada, ao escrever a letra, plagiou parte da segunda estrofe do poema de Gonçalve